A morte de um grande jornalista
Por João Felipe da Trindade
Aqui neste blog já postamos alguns artigos sobre o jornalista Pedro
Avelino. Hoje, nós trazemos para cá a notícia do seu falecimento, em 20
de julho de 1923, que foi publicada em um jornal do Rio de Janeiro, onde
ele atuava nessa época.
No jornal "Gazeta de Notícias", datado de sábado, 21 de julho de 1923, foi feito um artigo que tinha o seguinte título:
A morte do grande jornalista - Quem foi Pedro Avelino e o seu enterro ontem. Vamos ao artigo:
A hora adiantada em que recebemos a
dolorosa comunicação do falecimento, anteontem do grande jornalista que
foi Pedro Avelino, e a angústia de espaço em que lutamos, não nos
permitiram dar na nossa edição passada uma notícia mais detalhada do
nefasto acontecimento.
Fazemo-lo hoje, entretanto, rendendo ao
morto ilustre a homenagem a que tem direito e que conquistou a golpes
de inteligência e de trabalho.
Pedro Avelino, que era uma organização
perfeita de batalhador, nasceu em Angicos, no Rio Grande do Norte, a 19
de maio de 1861, filho do advogado provisionado Vicente Avelino e de
Dona Ana Bezerra Avelino; começou a lutar pela vida muito cedo, como
empregado no comércio em Pernambuco, onde residiu, de 1879 a 1884, época
que regressou à capital do seu Estado. As tendências do seu espírito
estavam, então, perfeitamente definidas, e o moço ardoroso, em 1891,
entrava para a redação de "O Caixeiro". Desde essa data, a sua atividade
mental foi prodigiosamente fecunda, empenhando-se em polêmicas de
caráter político e social, através dos quais conquistou a indiscutível
reputação de um dos maiores jornalista de Norte, tanto no Rio Grande do
Norte, como em Pernambuco, onde dirigiu " O Pernambuco" e fundou
posteriormente " A Pátria".
Vindo para o Rio de Janeiro em 1910, depois de ter dirigido, em Natal, com grande brilho, a "Gazeta do Comércio", fez parte do "Comércio do Brasil", de Alfredo Varella, e fundou o "Correio do Brasil". Aqui militou no jornalismo político, escrevendo no "O Paiz", no "A Imprensa", de Alcindo. na "A Epoca", "Correio do Norte", "A Tarde" e "A Razão". Em 1911, foi nomeado prefeito do Acre ( Departamento de Juruá), cargo que exerceu até 1912. Em 1916, foi nomeado ajudante de Tesoureiro da Central do Brasil, cargo em cujas funções ainda se achava.
Vindo para o Rio de Janeiro em 1910, depois de ter dirigido, em Natal, com grande brilho, a "Gazeta do Comércio", fez parte do "Comércio do Brasil", de Alfredo Varella, e fundou o "Correio do Brasil". Aqui militou no jornalismo político, escrevendo no "O Paiz", no "A Imprensa", de Alcindo. na "A Epoca", "Correio do Norte", "A Tarde" e "A Razão". Em 1911, foi nomeado prefeito do Acre ( Departamento de Juruá), cargo que exerceu até 1912. Em 1916, foi nomeado ajudante de Tesoureiro da Central do Brasil, cargo em cujas funções ainda se achava.
Casado, em 1886 (casou, na verdade, em 27
de outubro de 1885), com Dona Maria das Neves Alves Avelino, desse
consórcio deixou cinco filhos: Georgino Avelino, diretor do "Rio
Jornal", Vicente Avelino, funcionário consular; D. Maria Albertina
Leite, esposa do engenheiro Leite Junior; D. Isolina Avelino Waldvogel,
esposa do Sr. Luiz Waldvogel, e Camilo Avelino, nosso companheiro do
"Rio Jornal".
O seu enterramento realizou-se ontem as 4
horas da tarde, no cemitério São Francisco, saindo o féretro da rua
Jockey Club, nº 261.
O nosso distinto colega Dr. Georgino
Avelino diretor do "Rio Jornal", filho do querido jornalista
desaparecido, tem recebido inúmeros telegramas, cartões e visitas
pessoais de pêsame as quais juntamos os nossos.
Postado por Hipotenusa
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