No
Assu de antigamente, e em todas as cidades interioranas, quando não existia a concorrência da televisão todos os
dias as crianças se encontravam para realizarem diversos tipos de brincadeiras.
Um dos jogos prediletos era o “CRIMINOSO”, formado por quatro parceiros, cada
qual fazendo girar na calçada um cepo de madeira com quatro faces, em cada uma
delas, desenhada a figura da “chinela ou sandália”, “varinha”, “varão”, e
“grades” (criminoso).
A
pessoa que jogava o cepo e a face da “chinela’ ficava para cima, cabia-lhe uma
alpercata ou sapato; a que jogasse a “varinha”, correspondia um palito de
fósforo; a que tocasse por sorte o “varão”, davam-lhe um pedaço de pau um pouco
maior que a “varinha” e o criminoso (aquele que jogando o cepo tocava a sorte
das grades ficarem para cima), era a vítima.
O
brinquedo consistia, daí por diante, num diálogo iniciado pelo “chinela”.
- Varinha, quantos bolos dou nesse criminoso?- Dez. - Respondia, por exemplo, a “varinha”.
- Quentes ou frios? - Perguntava novamente o “chinela”.
- Quentes. - Ordenava a varinha.
Ai o criminosos apelava:
- Me valha, varão!
E o “varão”, ditava:
- Dê quentes, ou dê frios.
MACAQUINHO – Deste brinquedo tomava parte quatro
figurantes. Dois escanchados nos ombros de outros dois, constituindo duas
parelhas que se digladiavam na rinha (sempre em círculo), onde os meninos
montadores tentavam com as mãos, derrubar a montaria e o cavaleiro adversário.
Perdia o jogo a parelha que desmoronasse ou saísse do círculo desenhado no
chão.
QUEDA DE CORPO – Disputa envolvendo dois participantes que se atracavam e ambos procuravam abater o adversário, utilizando-se da força, de técnicas e de calços com as pernas, como numa luta livre.
ROLAR ARCOS – brinquedo de meninos que consistia em rolar um arco de barril com um arame. Também se usava a roda de um velocípede ou uma volante de máquina de costura manual. O arame tinha a forma de um “U” com um cabo e com ele se imprimia velocidade à roda. Os mais exímios se davam à prática de malabarismos ditos “puxados”, paradas súbitas com a roda suspensa no ar e “saídas” mirabolantes.
Estas são algumas brincaderias que caíram no esquecimento... A geração da televisão e das redes sociais de computação não tem "tempo" para praticá-las.
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