RUA FREI MIGUELINHO
Da Série “Ruas e Avenidas do Assu”, destaco a Rua Frei Miguelinho. Essa artéria, sem dúvidas, é a menor que conheço na cidade do Assu. Sua delimitação compreende o trecho entre o prédio da DIRED (Antiga Coletoria Estadual) até a Cooperativa de mototáxi e o imóvel comercial vizinho a Prefeitura. Ou seja: limita-se ao sul com a Praça Pedro Velho e ao norte com a Praça Getúlio Vargas.
Quem foi Frei Miguelinho?
O Padre Miguel Joaquim de Almeida Castro, vulgo "Frei Miguelinho", nasceu em Natal, aos 17 de novembro de 1768. Seu pai era o português Manuel Pinto de Castro, proprietário rural, e sua mãe, brasileira, natalense, chamava-se Francisca Antonia Teixeira.
Segundo Câmara Cascudo, o casal teve dez filhos, destes, além de Miguelinho, três seguiram a carreira eclesiástica e desenvolveram atividades políticas: Padre Ignácio Pinto de Almeida Castro; Padre José Joaquim de Almeida Castro e o Padre Manoel Pinto de Castro. Miguelinho ingressou na Ordem dos Frades Carmelitas, em Recife, no dia 04 de novembro de 1784, com dezesseis anos de idade. Lá, recebeu o nome de Frei Miguel de São Bonifácio.
Ao concluir os estudos, viajou para Portugal. Durante sua estada em Lisboa, conheceu e tornou-se amigo de D. José Joaquim de Azevedo Coutinho, Bispo de Pernambuco. Frei Miguelinho, sentindo-se pouco atraído para a vida do claustro (convento fechado), pediu ao Papa a sua secularização, isto é, deixou a Ordem dos Frades Carmelitas e ingressou no clero diocesano, secular, que vivia no meio do povo. A partir de então, deixou de ser Frei, para ser chamado Padre Miguelinho. Regressou à Pernambuco, em 1800.
Padre Miguelinho Foi Grande Teólogo, profundo filósofo, e o primeiro orador eclesiástico do seu tempo. Professor da cadeira de Retórica. Sua atuação no movimento revolucionário de 1817 foi constante, firme, porém, discreta e sem esnobismo. Quando os revoltosos tomaram o poder e organizaram o novo governo, ainda provisório, o Padre Miguelinho foi designado para exercer o cargo de Secretário. No exercício desta função, ele escreveu uma Proclamação ao povo pernambucano, que é um dos poucos escritos que ele deixou. O silêncio foi a marca dominante dos últimos dias do padre. Declarada sua sentença de morte, o Padre Miguelinho procurou consolar José Luiz de Mendonça, seu colega do Governo Provisório que não se conformava com a sentença, dizendo: “Querido amigo, façamos e digamos unicamente aquilo para que temos tempo” e ajoelhou-se diante do crucifixo, começou, debulhando em lágrimas a rezar o salmo – Miserere mei Deus.
Ao concluir os estudos, viajou para Portugal. Durante sua estada em Lisboa, conheceu e tornou-se amigo de D. José Joaquim de Azevedo Coutinho, Bispo de Pernambuco. Frei Miguelinho, sentindo-se pouco atraído para a vida do claustro (convento fechado), pediu ao Papa a sua secularização, isto é, deixou a Ordem dos Frades Carmelitas e ingressou no clero diocesano, secular, que vivia no meio do povo. A partir de então, deixou de ser Frei, para ser chamado Padre Miguelinho. Regressou à Pernambuco, em 1800.
Padre Miguelinho Foi Grande Teólogo, profundo filósofo, e o primeiro orador eclesiástico do seu tempo. Professor da cadeira de Retórica. Sua atuação no movimento revolucionário de 1817 foi constante, firme, porém, discreta e sem esnobismo. Quando os revoltosos tomaram o poder e organizaram o novo governo, ainda provisório, o Padre Miguelinho foi designado para exercer o cargo de Secretário. No exercício desta função, ele escreveu uma Proclamação ao povo pernambucano, que é um dos poucos escritos que ele deixou. O silêncio foi a marca dominante dos últimos dias do padre. Declarada sua sentença de morte, o Padre Miguelinho procurou consolar José Luiz de Mendonça, seu colega do Governo Provisório que não se conformava com a sentença, dizendo: “Querido amigo, façamos e digamos unicamente aquilo para que temos tempo” e ajoelhou-se diante do crucifixo, começou, debulhando em lágrimas a rezar o salmo – Miserere mei Deus.
Desenho com a representação do fuzilamento de Padre Miguelinho - A República |
Miguelinho, mártir da liberdade, foi fuzilado, em Salvador, no Campo da Pólvora, no dia 12 de junho de 1817.
Fonte: Ruas e Avenidas do Assu - Inédito - Ivan Pinheiro. - Foto: www.overmundo.com.br
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