segunda-feira, 25 de maio de 2015

SONETO:

FLAMBOYANT

Esgalhado, robusto, vigoroso,
Ao flagelo das secas resistindo,
O flamboyant, altivamente airoso,
Parece às vezes para o céu subindo.

Quando dezembro se apresenta rindo,
Numa expansão de festas e de gozo,
As escarlatas flores vão se abrindo
Em um transbordamento esplendoroso.

Abriga a sua copa os passarinhos
Que fazem em seus ramos os seus ninhos,
Entre carícia e beijos de noivado.

Quando chega o verão , árido, quente,
A sua rubra flor torna-se ausente,
Deixando o flamboyant despetalado.

Autor: Francisco Amorim (Chisquito)
Livro: Essencias / 1991

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