PERSONALIDADE NO PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO ASSÚ
A Villa Nova da Princesa prosperava em todos os sentidos. Alguns de seus filhos já apareciam como destaques. Os habitantes lutaram com garra visando a liberdade política e administrativa do município. Apesar do Assú já possuir uma câmara independente de Natal e ser considerado município, ainda detinha o nome de Villa. Na luta pela emancipação destacamos três cidadãos: Francisco de Brito Guerra, Manoel Lins Wanderley e João Carlos Wanderley.
O Padre Francisco de Brito Guerra (desenho acima) - nascido na Villa no dia 18 de
março de 1777, no cenário político norte-rio-grandense, e no regime monárquico,
se destacou com uma brilhante folha de serviços, honrando a sua terra e seu
Estado. Como deputado à primeira Assembléia Legislativa Provincial (1835-1837),
instalada a 02 de fevereiro de 1835, foi neste ano, seu presidente.
Foi suplente de
deputado-geral, com assento de 1831
a 1833 e reeleito para 1834-1837, quando então, foi
eleito escolhido à Câmara Vitalícia
ou Senado do Império para representar
o Rio Grande do Norte, cuja posse se deu a 10 de julho de 1837, tornando-se o
único norte-rio-grandense a alcançar essa elevada distinção.
Foi Visitador Geral,
Professor de latim, Comendador da Ordem de Cristo, um dos fundadores do ‘O Natalense’ - o primeiro jornal a ser
publicado no Estado. Ordenou-se em Olinda no ano de 1801. Suas primeiras letras
foram recebidas na antiga Villa Nova da
Princesa, hoje cidade do Assú.
A esta proposição se
baseia em seu próprio depoimento quando, em 20 de novembro de 1844, ao fazer o
seu testamento, declarava: “Sou natural da Freguesia do
Assú” e
mais, o Presidente da Província Dr. Casimiro José de Morais Sarmento quando da
publicação da Lei nº 124 de 16 de outubro de 1845, elevando à categoria de Cidade
a então Villa Nova da Princesa, assim
se expressou: “Pátria do finado Senador Francisco de Brito
Guerra”. (Amorim,
1981; 53).
Fonte: Assu - Dos Janduís ao Sesquicentenário - Ivan Pinheiro
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