quinta-feira, 24 de outubro de 2013

CAUSO


Da plaquete de minha autoria intitulada "Quando a Política Vale a Pena", 1996 (fotografia acima), transcrevo a seguinte estória:
Iniciava-se o ano de 1983, posse em todo o Brasil dos novos governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores eleitos nas eleições de 1982. Pois bem, naquela época (31 de janeiro de 1983), encontrava-se de férias na cidade de Assu, o meu amigo professor cearense José Anchieta Esmeraldo Barreto (ele tem estreitas ligações na terra assuense, por ser casado com uma filha do jornalista Osvaldo Amorim, já falecido) que já era o Reitor da Universidade Federal do Ceará. O carro oficial daquela Reitoria, era um galaxi preto de placa oficial de bronze (que ele guadava na garagem de minha casa, quando encontrava-se no Assu), igualzinho ao veículo oficial do governo do Estado do Rio Grande do Norte (era o governador recém-empossado José Agripino Maia). Solicitei dele, Anchiete, aquele veículo emprestado, com motrista fardado, "tudo como manda o figurino", para levar-me até a Câmara dos Vereadores daquele município. Pedido aceito. 
Ao aproximar-me do local da solenidade, Logolhó que era o motorista daquela importante Reitoria (nunca mais tive notícias dele), estacionou aquele veículo em frente a prefeitura, desceu do carro fardado, e abriu a porta para que eu descesse solenemente para aplauso do circunstantes. Antes, porém, alguém teria gritado para alertar o mestre da Banda de Música: "Chega, que vem chegando o governador Zé Agripino!" - O mestre foi rápido no gatilho, tocando logo os dobrados de governador que, ao terminar, disse furioso: "Ora porra! Eu pensei que fosse o governador!"
E os fogos de artifícios para serem detonados pelo fogueteiro no ato da posse do prefeito Ronaldo Soares, teriam sidos explodidos durante aquela minha chegada inesperada, naquela noite memorável e estrelada do Assu. É que em política meu caro leitor, acontece de tudo, principalmente na pluralista cidade de Assu! 
Postado por Fernando Caldas.

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