quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

CODEVA

Osvaldinho recebendo, em sua casa (1969) o Bispo da Diocese de Santa Luzia de Mossoró. Em primeiro plano da esquerda para a direita: Adonias Bezerra, Osvaldo Amorim, Dom Eliseu e Tarcísio Amorim. 
Foto: blog de Fernando Caldas.


Vamos conhecer, um pouquinho da história do Plano de Desenvolvimento do Vale do Assu? Tudo começou em Campina Grande em maio de 1956 no Encontro dos Bispos do Nordeste com a presença do Presidente Juscelino Kubitschek. Lá nasceu a SUDENE, com Celso Furtado.
O Bispo da Diocese de Mossoró Dom Eliseu e Osvaldo Amorim – aqui do Assu, participaram do Encontro. Resultado: no mês seguinte era aprovado pelo Governo Federal o “Plano Integrado de Desenvolvimento dos Vales do Assu e do Apodi”.
Em janeiro de 1957, os prefeitos do Vale do Assu e Apodi, bem como, representantes de todo Oeste se reuniram para um programa global de desenvolvimento rural.
Dezenas de projetos. Nenhum setor escapou à visão do trabalho, soprado pelo espirito desenvolvimentista do Governo JK. Núcleos de irrigação; Missão rural; Semanas rurais; Plano de eletrificação; Portos de Macau e Areia Branca; Cooperativas; Casas populares; Hospitais e Maternidades; Estradas; Centro de treinamento de líderes; Escolas normais.
Tudo isto possuía um novo dimensionamento cristão, através dos núcleos de Ação Católica. Na arquidiocese de Natal, liderava padre José Luiz. Na Diocese de Santa Luzia, de Mossoró, padre Américo Simonetti. Itajá foi o polo iniciador deste trabalho, sob a responsabilidade da educadora Libânia Pessoa.
Nesse período, o Vale do Assu tinha 05 deputados estaduais: Edgard Borges Montenegro, Olavo Lacerda Montenegro, Gerôncio Queiroz, Ângelo Varela e Floriano Bezerra.
Mais tarde, sob a liderança de Osvaldo Amorim – o popular Osvaldinho, foi organizada a CODEVA – Comissão de Desenvolvimento do Vale do Assu. Veio o ano de 1964. Com ele, o sonho foi se acabando. Os líderes foram sufocados. Dom Eliseu transferido. Osvaldo Amorim, tempos depois veio a falecer... Tudo começou a ser desmoronado e o Vale nunca mais encontrou união política nem parcerias dos agropecuaristas, empresários e governos para retomada do desenvolvimento vislumbrado por aqueles que montaram, com responsabilidade e esperança, o Plano Integrado de Desenvolvimento dos Vales do Assu e Apodi. Lamentavelmente.
Hoje, apesar da inegável potencialidade, o Vale do Assu enfrenta diversos problemas: Inserção dos produtos no mercado para comercialização; degradação ambiental; falta de incentivos; capacitação específica; irregularidade climática; posse das terras; entre outras dificuldades que tem deixado a região a mercê do desenvolvimento sustentável. Infelizmente.

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