Vamos conhecer, um pouquinho da história do Plano de Desenvolvimento do Vale do
Assu? Tudo começou em Campina Grande em maio de 1956 no Encontro dos Bispos do
Nordeste com a presença do Presidente Juscelino Kubitschek. Lá nasceu a SUDENE, com Celso
Furtado.
O Bispo da
Diocese de Mossoró Dom Eliseu e Osvaldo Amorim – aqui do Assu, participaram do
Encontro. Resultado: no mês seguinte era aprovado pelo Governo Federal o “Plano
Integrado de Desenvolvimento dos Vales do Assu e do Apodi”.
Em janeiro de 1957,
os prefeitos do Vale do Assu e Apodi, bem como, representantes de todo Oeste se
reuniram para um programa global de desenvolvimento rural.
Dezenas de
projetos. Nenhum setor escapou à visão do trabalho, soprado pelo espirito
desenvolvimentista do Governo JK. Núcleos de irrigação; Missão rural; Semanas
rurais; Plano de eletrificação; Portos de Macau e Areia Branca; Cooperativas;
Casas populares; Hospitais e Maternidades; Estradas; Centro de treinamento de
líderes; Escolas normais.
Tudo isto
possuía um novo dimensionamento cristão, através dos núcleos de Ação Católica.
Na arquidiocese de Natal, liderava padre José Luiz. Na Diocese de Santa Luzia,
de Mossoró, padre Américo Simonetti. Itajá foi o polo iniciador deste trabalho,
sob a responsabilidade da educadora Libânia Pessoa.
Nesse período, o
Vale do Assu tinha 05 deputados estaduais: Edgard Borges Montenegro, Olavo
Lacerda Montenegro, Gerôncio Queiroz, Ângelo Varela e Floriano Bezerra.
Mais tarde, sob
a liderança de Osvaldo Amorim – o popular Osvaldinho, foi organizada a CODEVA –
Comissão de Desenvolvimento do Vale do Assu. Veio o ano de 1964. Com ele, o
sonho foi se acabando. Os líderes foram sufocados. Dom Eliseu transferido.
Osvaldo Amorim, tempos depois veio a falecer... Tudo começou a ser desmoronado e o Vale nunca mais encontrou
união política nem parcerias dos agropecuaristas, empresários e governos para retomada
do desenvolvimento vislumbrado por aqueles que montaram, com responsabilidade e
esperança, o Plano Integrado de Desenvolvimento dos Vales do Assu e Apodi. Lamentavelmente.
Hoje, apesar da inegável
potencialidade, o Vale do Assu enfrenta diversos problemas: Inserção dos produtos no
mercado para comercialização; degradação ambiental; falta de incentivos;
capacitação específica; irregularidade climática; posse das terras; entre
outras dificuldades que tem deixado a região a mercê do desenvolvimento
sustentável. Infelizmente.
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