segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

ATIVIDADE PARLAMENTAR:

George Soares entrega medalha do mérito esportivo ao craque Gabriel Véron
Por iniciativa do deputado estadual George Soares (PL), foi entregue nesta segunda-feira (16), na Assembleia Legislativa do RN, a medalha do mérito esportivo Marinho Chagas ao jogador de futebol Gabriel Véron.

Eleito o melhor jogador na campanha vitoriosa da seleção brasileira na Copa do Mundo sub-17 nesse ano, Véron é filho de Assu, assim como o deputado George, e pelo ano vencedor tanto em seu clube, o Palmeiras (onde também foi campeão mundial), como na seleção, foi agraciado com a maior honraria da Assembleia do Estado.

Véron é exemplo para nossos jovens perseverarem em seus sonhos e lutarem para realizar o que mais gostam de fazer! Ele é o melhor do mundo na sua categoria e merece todo nosso reconhecimento com essa importante homenagem que propomos e ele veio receber pessoalmente”, frisou o deputado George.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

CINEMA:

SETOR CULTURAL ARTICULA-SE PARA REALIZAÇÃO DA 2ª EDIÇÃO DO FESTIVAL CURTA VERÃO.

Um encontro ocorrido segunda-feira (02) nas dependências de Casa de Cultura Popular Sobrado da Baronesa, centro da cidade, iniciou os preparativos para a realização, em janeiro de 2020, da 2ª edição do Festival Curta Verão Assú.

A reunião ocorreu entre o secretário municipal adjunto de Cultura, Paulo Sérgio, e a artista, produtora e ativista cultural mossoroense Katarina Gurgel.

A iniciativa é da Prefeitura do Assú, via Secretaria Municipal de Educação e Cultura, e a Fundação José Augusto (FJA), dentre outros parceiros e apoiadores. A primeira experiência do Festival aconteceu este ano, de 21 a 23 de janeiro passado.

O Cine Teatro Pedro Amorim será o local da concretização do projeto cultural.

A programação do 2º Festival Curta Verão Assú está agendada para o período de 22 a 24 de janeiro de 2020.

O conteúdo do evento engloba produções audiovisuais de Assú, Mossoró e outras cidades da região, do Rio Grande do Norte e de outros estados.

“Faremos um grande intercâmbio cultural cinematográfico, com música, rodas de conversas, workshop e exposições, tendo a oportunidade contar com a participação de pessoas premiadas em festivais de cinema e que desenvolvem trabalhos audiovisuais, com destaques em festivais”, frisou o secretário.

Postado por Pauta Aberta.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

LITERATURA DE CORDEL:

RENATO CALDAS,
O POETA DE ‘FULÔ DO MATO’
Vou falar de um conterrâneo
Que nos bancos de escola
Jamais esquentou o crânio.
Foi um menino pachola,
Um rapaz namorador,
Poeta véi cantador
Fez da viola uma estola.


 — “Eu era desempenado,
No braço do violão.
Fazia um tarrabufado
Da prima para o bordão.
E naquele remelexo
A nega caia o queixo,
E eu entrava de cão”.


Falo de Renato Caldas
Um matuto sertanejo,
Que mal trocou suas fraldas
Começou a ser andejo,
Fez a primeira poesia
Inspirado em fantasia
Pelo seu maior desejo:


— “Nenhuma mulher é troço...
Brancas ou pretas são belas!
Lamento porque não posso
Ser dono de todas elas”...
Com quatorze anos apenas,
Em Assu — a velha “Atenas
Defendeu todas donzelas.


Mil novecentos e dois,
Oito de outubro nasceu,
Quatorze anos depois
O verso lhe floresceu
E a partir daquele dia
Numa linda melodia
Renato Caldas cresceu.


Do seu chão fez a canção:
— “Só norte-rio-grandense
Meu patrão, sou assuense
De alma, vida e coração
Pois, nessa terra bonita,
Eu tive a sorte bendita
De vê a luz, meu patrão”...


E haja inspirações:
“Meu Assu das vaquejadas!
Das noites enluaradas...
— Que gratas recordações! —
Cantigas feitas dos sonhos
Dos seresteiros risonhos,
Conquistando corações...”.


Fulô do Mato surgiu
Carimbando sua lavra,
Logo a fama lhe exigiu
Buscar o dom da palavra,
No martelo e no rojão,
Foi um cantor do sertão
Que todo tema rimava.


— “Cunheço o Brasí, todinho:
Agreste, mata e sertão.
Arrastei pelos caminho
Muita alegria e afrição!
Eu tive a filicidade
De quage in toda cidade
Causá admiração...".


Apesar destas andanças
Em busca do ganha-pão,
Não perdeu as alianças.
Depois de doze serão
Casou com a amada Fausta
Que estava quase exausta,
Devido aquele tempão.


Veja o qui pôde sintí
Quando arribou do Assu:
— “... Mais o sertão não é Brasí.
O Brasí, é lá pru sú.
Isso aqui é um purgatóro...
Quem mata a fome, é o sodóro
E a sede é o mandacaru...”.


— “Seu môço, eu venho de longe,
Do árto do meu sertão,
Trago fome, trago sêde
E tudo qui é precizão.
Mas, nada disso me mata,
Nada disso me matrata
Qui nem a rescordação...”.


Teve muitas profissões:
Pracista, linotipista,
Embolador de canções,
Oficial e motorista...
Mas, na viola e na poesia,
Instrumentos da boemia,
Foi que surgiu o artista:


— “A lua vinha cantando,
Suas canção pratiada!
Parô tão disfigurada...
Ficô oiando pru Má
E o Má sortando um gemido,
Limpô os óio no vistido
Prateado de luá”.


Fez ao irmão de coração:
— “Adão foi feito de barro...
Mas, você, Newton Navarro,
Foi Feito da inspiração,
Do Céu, dos ninhos, das flores,
De todos os esplendores
Do luar do meu sertão”.


A mulherada foi o tema
De parte da criação.
Foi liberdade e algema,
Prazer e judiação,
Foi seu encanto, seu feitiço,
Foi fulô, foi reboliço...
Derreteu seu coração.


Sobre elas disse inté:
“Sinhá Dona, o tempo passa,
Mais, porém, essa disgraça,
Qui a gente tem, pruque qué...
Êsse amô, êsse arrespeito,
Qui o cristão guarda nos peito,
Essa paixão pru muié...”.


Geíza Caldas, a filha,
Pelo casal muito amada,
Foi a maior maravilha
Por todos foi bem mimada.
Ela até hoje se alembra
E vez por outra relembra
Contando pra garotada.


Em plena felicidade
Quando uma lágrima caiu
Seu coração explodiu:
— “Casou Geíza, é verdade
Vai construir o seu lar.
Danado é essa saudade
Qu’Ela vai deixar ficar”.


Certa vez indo à Natal
No bar pegou uma colher
E, por um lapso mental,
Não devolveu à mulher.
Ao retornar da viagem
Trouxe na sua bagagem,
Com um bilhete o talher:


— “Estou voltando Chiquinha
Trazendo a sua colher
De coisas que não é minha
Eu só aceito mulher”.
Recitou no bar lotado,
Ficou logo liberado
Para um acaso qualquer.


Não foi um homem de escola,
No entanto a inteligência
Que teve em sua cachola,
Era amiga da decência,
Amava a honestidade,
Detestava falsidade
E tocava na cadência.


E sobre o tema convém:
— “Seu dotô, pode me crê:
Se tenho aprendido a lê,
Eu era dotô tombém.
Pruquê hoje na cidade,
Nós só temo validade
Pêla peda qui o ané tem...”.


— “Um violão de verdade,
Uma grade de Pitu
Para matar a saudade
Das moreninhas do Assu”.
Assim levou sua vida
Procurando uma guarida
Pra ganhar algum tutu.


Toda farra que chegava
Tava a festa iniciada,
A viola apresentava
E, após uma lapada,
Causos, poesias, repente...
Mexia com toda gente
Com sua rima cantada.


Sempre comprou lá na feira
Seus principais mantimentos,
Mas uma feirante arteira
Desafiou seus talentos:
Poeta, lhe tenho estima,
Me ajude e faça uma rima
Pra vender meus alimentos.  


Renato olhou pra esteira
Contemplando sua batata

E, num tom de brincadeira,
Fitando aquela mulata,
Tão bonita e adolescente,
De maneira pertinente
Usou a verve gaiata:


— “Batata rainha prata
É dessa que o povo gosta,
Um quilo dessa batata
Dá bem dez quilos de bosta”.
A cabocla não gostou,
Ele dela se afastou,
Mas “atendeu” a proposta.


Trabalhou na construção
Da estrada Assu/Mossoró,
Fez pra si um barracão,
Vendeu comida e goró,
Mas devido o tal fiado
No balcão pôs um recado
Para evitar um toró:


— “Para não haver transtorno
Aqui no meu barracão,
Só vendo fiado a corno,
Filho da puta e ladrão”...
Leitor, pode acreditar,
O apelo fez aumentar
A lista de espertalhão.


— “Renato Caldas já foi
Um boêmio seresteiro!!!
Hoje é carro de boi
Na sombra do juazeiro”...
Morreu quase sem visão,
Com artrite, hipertensão,
Famoso..., mas sem dinheiro.


Termino esse meu tributo
Com muita satisfação,
Nobre leitor impoluto
Sou grato pela atenção.
Deixo aqui meu forte abraço
Me perdoe pelo embaraço
Mas fiz com o coração. 


Ivan Pinheiro, poeta do Assu/RN.
Maio/2019.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

VALE DO ASSU:

 
Foto: Cedida
Um projeto desenvolvido no âmbito do Museu Quilombola da Picada, localizado no município de Ipanguaçu, recebeu destaque na 10ª edição do Prêmio Ibermuseus, evento internacional que tem por objetivo reconhecer e promover iniciativas ibero-americanas inovadoras no campo da educação em museus. Representando o Brasil, o museu potiguar foi classificado como vencedor na categoria I, voltada a projetos concluídos ou em fase de execução.

A premiação aconteceu neste mês e selecionou projetos de diversos países que têm em comum a valorização da identidade comunitária, o fortalecimento do patrimônio cultural e da memória social, entre outros valores. Nesta edição 158 projetos, oriundos de 15 países diferentes, foram inscritos. Desse total, 8 projetos de 7 países foram premiados, que são: Argentina, Brasil, Colombia, Chile, Equador e Portugal.

O projeto desenvolvido no museu potiguar trata-se de uma iniciativa realizada pela ONG Centro de Documentação e Comunicação Popular (Cecop), na comunidade quilombola de Picada – em Ipanguaçu.

A ação tem o objetivo de estimular, entre os atores locais, o interesse em apropriar-se dos conhecimentos e técnicas da museologia social que possibilitam a implementação e operação do museu como estratégia para a valorização da memória local, fortalecendo a organização comunitária e o protagonismo de setores historicamente marginalizados.

“O Museu Quilombola da Picada é uma determinação da comunidade em registrar suas memórias de resistência e luta, seus saberes e fazeres populares. Esse espaço será um importante equipamento cultural, educativo, turístico e para o desenvolvimento sustentável da comunidade e região”, explica o coordenador da iniciativa, Raimundo Melo.

O coordenador ainda explica que, durante o desenvolvimento do trabalho, organizou-se uma comissão de implantação do museu, constituída por lideranças locais, representantes de associações, grupos culturais, juventude, escola, ONGs e instituições como a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), por meio do Projeto da Rede Potiguar de Televisão Educativa e Cultural (RPTV), a Rede de Pontos de Memória e Museus Comunitários do RN e a Prefeitura de Ipanguaçu.

Proposta do museu

O projeto é executado por meio de um trabalho educativo realizado pela ONG Cecop junto a líderes da comunidade quilombola, estudantes, professores das escolas públicas, grupos culturais e associações comunitárias. São realizadas ações de mobilização e formação de lideranças comunitárias, fotografia – como estratégia de registro e difusão da realidade local -, oficinas de cultura e identidade afro brasileira, produção audiovisual e inventário participativo.

“Foram realizadas oficinas de capacitação em museologia social, de fotografia, e de memória e identidade, que resultaram na montagem de um acervo visual com a participação de alunos de escolas públicas, jovens e adultos da comunidade, bem como realizamos o registro da memória local com o uso do audiovisual e definição com a comunidade de uma planta baixa do Museu”, diz a coordenadora da ONG Cecop, Talita Barbosa, declarando que tratava-se de um sonho da comunidade a implementação de um museu.


Museu quilombola - prêmio internacional - RN
Postado por Blog do BG.

POESIA:

Nos idos de cinquenta, na cidade de Assu, interior do Rio Grande do Norte (onde de tudo acontece), chegou um circo que trazia no seu elenco, um toureiro muito arrojado, chamado Zé Tostão. Ele, o toureiro, bem como a administração do circo começou a propagar pelas arredores da cidade assuense dizendo assim: "Quem tiver touro valente, pode trazer para o circo!" Dando a entender que o toureiro venceria o touro rapidamente! O poeta assuense Andière Abreu (Majó) narra no longo poema intitulado de 'A tourada que não houve', aquela estória vivida por ele e demais amigos. Vejamos:

Logo que o circo chegou
Para toda Assu bradou
Que no seu elenco vinha
Um toureiro renomado
Valente, muito arrojado
Pois, muita coragem tinha.

Para falar a verdade
Percorreu toda a cidade
Com microfone na mão,
Gritando pra toda gente
Quem tiver touro valente
Traga para Zé Tostão.

Do gado dizendo horrores
Insultou os criadores,
Ferindo assim nosso brio,
Ele fez tanto barulho
Que mexeu com nosso orgulho
Topamos o desafio.

Majó e Chico Germano
Mais o Chicó que é seu mano
Juntamo-nos a Melé
Fomos procurar o touro
Só achamos no criadouro
De Francisco Pacaré.
Então mexemos o bico
Fomos falar com seu Chico
Pra cumprir a empreitada,
Ele pronto concordou
E o touro logo arranjou
Pra fazermos a tourada.

Para agradar Zé Tostão
Escolhemos com atenção
O melhor touro do gado,
Quinze arrobas e colhudo,
Bem forte e muito pontudo,
Mais bravo que irritado.

Cor preta de cara branca
Bem feito de peito e anca
Batizado Papangu.
Com cores desportista
Tinha que ser mesmo artista
Da nossa querida Assú.

Arengueiro e bem valente
Brigou com cavalo e gente
Fez uma festa sozinho,
Arrombou cerca e portão
Botou um muro no chão
Fez rastro em todo caminho.

O touro entrou numa casa
Passou por cima de brasa
Deu carreira em muita gente,
Respeito a nada a ninguém
Em jumento deu também
Pra mostrar que era gente.

Duas cordas na cabeça
Para que ninguém esqueça
Vou dizer quem segurava.
Era Henrique e Carnaúba
Iguais a maçaranduba
Mais fortes que fera brava.

Fora os vaqueiros citados
Foram ainda convidados
Cisso de Padre e Barão
Luiz Batista e Navega
Parando em toda bodega
Para aguentar o rojão.

Só para ter uma ideia
Toda esta grande epopeia
Durou um dia completo,
E o percurso era pequeno
Mas de indiferentes foi pleno
Deixou o povo inquieto.

E a tourada que não houve
Somente ao touro se louve
Pela sua valentia,
Pois noutro dia bem cedo
Toureiro e artista com medo
Deixaram a praça vazia.

Postado por Fernando Caldas.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

FUTEBOL:

O ASSUENSE GABRIEL VERON É ELEITO BOLA DE OURO DA COPA DO MUNDO SUB-17
Gabriel Veron, do Palmeiras, foi eleito melhor jogador da Copa do Mundo Sub-17 — Foto: Getty Images 
Foto: Getty Images 

GABRIEL VERON FONSECA DE SOUZA, é natural da cidade de ASSU/RN, nascido em 03 de setembro de 2002, filho de Carlos Alexandre de Souza e de Graciele Fonseca da Silva. É atualmente atleta de futebol profissional e que atua na Sociedade Esportiva Palmeiras-SP. Aos 13 anos de idade, em uma “peneira” realizada na cidade de Assu, foi descoberto pelos observadores técnicos do Santa Cruz de Natal, onde veio morar na cidade de Natal e participar as categorias de Base do Santa Cruz. Tendo residido por 1 ano e meio no processo de formação no Santa Cruz, foi levado ao Palmeiras para integrar a categoria Sub-15 do Clube paulista, onde ficou até assinar o seu primeiro contrato profissional aos 16 anos de idade. 

No palmeiras foi Bicampeão Mundial Interclubes (Espanha) 2018/2019, Campeão da Copa do Brasil 2019 Sub-17, Campeão da Copa do Brasil 2019 - Sub-20, Campeão da Copa Rio Grande do Sul Sub-20, Campeão Paulista 2017 Sub-15, Campeão Paulista 2018 Sub-17, e Campeão da Copa Nike 2017 Sub-15. 

Pela seleção Brasileira, foi convocado para integras as Categorias Sub-15 e Sub-17, tendo atuado em partidas (oficiais e amistosos), disputando competições como o Sul-americano Sub-17, Copa do Mundo Sub-17 e jogos preparatórios oficiais.

A Copa Mundial Sub-17, Mas mais do que o troféu que o Brasil trouxe ao se consagrar campeão, no último domingo (17/11), serviu para a revelação de bons jogadores para o futebol brasileiro. Entre eles está Gabriel Veron, Bola de Ouro do Mundial.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

REMINISCÊNCIAS:


O fundador da família Wanderley no Rio Grande do Norte não usava o nome Wanderley e sim Pimentel. 
 
Chamava-se JOÃO DE SOUZA PIMENTEL, e viera de Pernambuco, já casado com dona Josefa Lins de Mendonça.
 
Já casado ou solteiro, casando na Vila Nova da Princesa? Não há, até aqui, certeza.

Na NOBILIARQUIA PERNAMBUCANA, de Borges da Fonseca, verifica-se que os Wanderley estavam muito misturados e aliados aos SOUZA PIMENTEIS, LINS, e mais gente fina, de brasão e prosápia, senhores de engenhos e participando da governança das vilas da capitania.

Esse João de Souza Pimentel é o pai de João Pio Lins Pimentel, já usando o LINS materno, e Gonçalo Lins Wanderley, há usando o WANDERLEY.

João Pio Lins Pimentel foi tenente-coronel da Guarda Nacional, fazendeiro, lavrador abastado e primeiro Presidente da Câmara Municipal de Santana do Matos, de 1837 a 1840.

Em 13 de setembro de 1838, ingressando na Loja maçônica SIGILO NATALENSE, dizia-se MAIOR DE 40 ANOS, casado, proprietário e residente na VILA DO ASSU e não VILA DA PRINCESA, em honra da Princesa Carlota Joaquina. Nascera antes de 1790 e devia ser o primogênito porque se chamava pelo mesmo nome do pai.

Nada mais sei sobre o Tenente Coronel João Pio Lins Pimentel, com quem casou-se e se deixou descendência.

GONÇALO LINS WANDERLEY, seu mano, casou com dona Francisca Xavier de Macedo, filha de Francisco Xavier de Macedo e dona Teresa de Jesus, filha, esta, de Carlos de Azevedo Leite e d. Rosa Maria da Conceição. Gonçalo Lins Wanderley era altivo e sabia manejar na palavra. Presidente da Câmara Municipal da Vila da Princesa em fevereiro de 1822, deu uma resposta bravia ao GOVERNO TEMPORÁRIO que se instalara em Natal pela força das carabinas da Companhia de Linha. Gonçalo declarou não reconhecer a competência do Governo, dizendo-o ILEGÍTIMO, CRIMINOSO E REBELDE... Esse mesmo Gonçalo Lins Wanderley tinha fama de excelente cavaleiro e jogador não de carta mas de espada. Ignoro o nome de todos os seus dignos filhinhos.

Dois, deixaram fama e renome, Manuel e João Carlos.

Manuel Lins Wanderley, 1804-1877, casou com d. Maria Francisca da Trindade e não sei quem teve a honra de ser sogro dele. Sei que abençoou dezessete filhos. Um deles é o doutor LUÍS CARLOS LINS WANDERLEY, 1831-1890, primeiro norte-rio-grandense doutor em medicina, deputado provincial e presidindo a administração da sua Província, poeta, professor, jornalista, teatrólogo, orador, político, clínico profissional. Faleceu em sua casa que se erguia onde está o prédio da Prefeitura Municipal.

João Carlos Wanderley, 1811-1899, casou com dona Claudina Leite do Pinho, filha do Tenente Coronel Antonio José Leite do Pinho e d. Bernarda Antonio Rodrigues. Teve também dezessete filhos. Uma das suas filhas, Francisca Carolina, casou no Assu, a 25 de julho de 1858, com seu primo o dr. Luís Carlos Lins Wanderley. Luís Carlos, enviuvando, casou com uma cunhada, d. Maria Amélia Wanderley, em 1877.

Luís Carlos e sua mulher, d. Maria Amélia, morreram no mesmo dia, 10 de fevereiro de 1890, em Natal.

Os filhos do dr. Luís Carlos deram muita vida e glória às letras da Província e do Estado e a herança cultural continua harmoniosa no espírito dos netos e bisnetos.

Nas festas comemorativas do MILÊNIO DA CIDADE DO NATAL, em 25 de dezembro do ano de 1899, um Wanderley publicara um poema n'A República", que circulara, impávida e solene, e outro Wanderley fará um discurso, contando a história da terra que é quase a história da gente ilustre dos Wanderley.

26.11.1959
Câmara Cascudo

Em, "O Livro das Velhas Figuras", 1978, Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Postado por: fernando.caldas@bol.com.br

terça-feira, 22 de outubro de 2019

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

DEVOÇÃO:

George Soares participa da celebração de inauguração da imagem de Irmã Lindalva em Malhada da Areia, Assu
O deputado estadual George Soares (PL) participou, neste domingo (20), da celebração de inauguração da imagem de Irmã Lindalva, em Assu, ao lado do prefeito Gustavo Soares (PL), do seu pai, Ronaldo Soares, e do empresário Eurimar Nóbrega que construiu a imagem.

Um momento de muita fé e emoção com os devotos de Irmã Lindalva, sendo a missa celebrada pelo bispo Dom Mariano Manzana e pelo padre Ítalo, de Assu.

"Parabenizo toda comunidade católica e ao amigo Eurimar pela iniciativa e ação. Agora temos que nos unir para construir a estrutura e o acesso ao futuro santuário", lembrou o deputado George.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

AÇÃO PARLAMENTAR:

George Soares apresenta iniciativas para engrandecer a festa da Beata Irmã Lindalva
O deputado estadual George Soares (PR) apresentou duas iniciativas na Assembleia Legislativa do RN, nessa semana, para beneficiar a Festa comemorativa da Beata Irmã Lindalva realizada anualmente entre os dias 7 e 17 de janeiro, em Assu.

A primeira institui no calendário estadual de eventos do RN a festa de Irmã Lindalva. A segunda considera como patrimônio cultural, imaterial e histórico do RN, a festa à beata de Assu. As iniciativas foram protocoladas como projeto de lei na Casa.

Irmã Lindalva sempre foi conhecida por sua paciência e bondade. Após sua beatificação, Irmã Lindalva passou a receber a veneração de toda a comunidade católica do RN, fato que fortalece nossa iniciativa e demonstra a importância dos nossos projetos apresentados na Assembleia. Como devoto e parlamentar cremos que essa ação terá o respaldo de todos os colegas da Casa e no Governo,” declarou o deputado George.
--
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

HISTÓRIA:

PERSONALIDADES QUE CONTRIBUÍRAM COM O PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO DO ASSÚ
A Villa Nova da Princesa prosperava em todos os sentidos. Alguns de seus filhos já apareciam como destaques. Os habitantes lutaram com garra visando a liberdade política e administrativa do município. Apesar do Assú já possuir uma câmara independente de Natal e ser considerado município, ainda detinha o nome de Villa. Na luta pela emancipação destacamos três cidadãos: Francisco de Brito Guerra, Manoel Lins Wanderley e João Carlos Wanderley. 
 
O Padre Francisco de Brito Guerra - nascido na Villa no dia 18 de março de 1777, no cenário político norte-rio-grandense, e no regime monárquico, se destacou com uma brilhante folha de serviços, honrando a sua terra e seu Estado. Como deputado à primeira Assembléia Legislativa Provincial (1835-1837), instalada a 02 de fevereiro de 1835, foi neste ano, seu presidente.
 
Foi suplente de deputado-geral, com assento de 1831 a 1834 e reeleito para 1835-1837, quando então, foi eleito escolhido à Câmara Vitalícia ou Senado do Império para representar o Rio Grande do Norte, cuja posse se deu a 10 de julho de 1837, tornando-se o único norte-rio-grandense a alcançar essa elevada distinção. 
 
Foi Visitador Geral, Professor de latim, Comendador da Ordem de Cristo, um dos fundadores do ‘O Natalense’ - o primeiro jornal a ser publicado no Estado. Ordenou-se em Olinda no ano de 1801. Suas primeiras letras foram recebidas na antiga Villa Nova da Princesa, hoje cidade do Assú.
 
A esta proposição se baseia em seu próprio depoimento quando, em 20 de novembro de 1844, ao fazer o seu testamento, declarava: “Sou natural da Freguesia do Assú” e mais, o Presidente da Província Dr. Casimiro José de Morais Sarmento quando da publicação da Lei nº 124 de 16 de outubro de 1845, elevando à categoria de Cidade a então Villa Nova da Princesa, assim se expressou: “Pátria do finado Senador Francisco de Brito Guerra”. (Amorim, 1981; 53). 
 
Coronel Manoel Lins Wanderley – nascido no dia 22 de março de 1804 foi deputado provincial, tomando parte na instalação da Assembléia Provincial a 02 de fevereiro de 1835. Foi um dos homens do passado que mais conquistou a simpatia da população do Assú, e de quem o conheceu.
 
Espírito generoso, criativo e empreendedor, Coronel Wanderley era de um caráter que se salientava por sua imensa firmeza.
 
Pertencia à família Wanderley desta cidade. Abraçou a carreira comercial, onde desenvolveu o seu tino, mantendo um excelente estabelecimento comercial no pavimento térreo do casarão (atual sobrado da Casa de Cultura Popular), onde morou e depois residiram sua filha a Baronesa Belizaria e o Barão Felipe Néri. 
 
Coronel Wanderley fez notáveis melhoramentos nesta cidade, edificando vários prédios de feição mais moderna, entre os quais se verifica até hoje, além de muitos outros, o palacete citado.
 
Edificou também a atual matriz da cidade (ampliação e reforma), para cujo trabalho despendeu ele próprio com a maior parcela de capital e doou a imagem de São João Batista. 
 
Imortaliza-o na história o fato de haver tomado parte como revolucionário contra Pinto Madeira. Para enfrentar a “fera” armou 200 homens, solteiros e casados, e partiram para o interior dos sertões do Ceará, com gastos por sua conta, em defesa da Pátria.
 
Ao ter ciência da sua ida, temendo sua tradição de valente, o inimigo içou a bandeira branca pedindo paz, que lhe foi concedida na condição de dar a guerra por terminada, e assim, o confronto foi encerrado.
 
Isto ocorreu em 1832, contando ele apenas 28 anos de idade e havendo há pouco se consorciado com a Sra. Maria da Trindade Wanderley.
 
O regresso desses patriotas teve uma feição muito festiva. A população preparou-lhe uma manifestação toda espontânea. O grupo foi recepcionado pela população no Sítio Poaçá.    
   
Os voluntários entraram na cidade a pé e abraçados com as suas famílias, por entre o jubilo entusiástico da população. Ocorreu um banquete, à sombra de um frondoso tamarineiro (árvore que existia no muro da casa do seu pai, onde atualmente funciona a DIRED). Foi nessa ocasião que o povo, segundo uso da época, lhe conferiu pelo voto a patente de Coronel, como gratidão aos seus beneméritos feitos. (A. Fagundes; 37). 
 
O outro conterrâneo que certamente contribuiu decisivamente para os primeiros passos desenvolvimentistas desta terra e, sobretudo, para sua emancipação foi o Coronel João Carlos Wanderley. Membro do senado da Câmara, autor da Lei nº 124, que elevou a então Villa Nova da Princesa à categoria de cidade do Assú. Foi presidente da Câmara dos Vereadores e, nessa qualidade, governou a cidade. Foi sete vezes deputado. Secretário de Governo doze anos e Deputado Geral. Como Vice-Presidente da província, administrou quatro vezes o Estado. Advogado dativo. Sobre ele, Pedro II disse: “matuto da língua de prata”.
 
Foi um cidadão de inigualável amor pelo desenvolvimento social da sua terra berço, não ponderando ele sacrifícios nesse sentido, e tudo fazia com a alma vibrante de uma satisfação intima, por ter a ventura de prestar serviços à terra do seu nascimento. Trabalhou por muitos anos defendendo as belas causas e pugnando pelos interesses coletivos do município. 
 
Transferindo sua residência para a capital do Estado não se esqueceu ele de continuar ali a labuta dos seus serviços à sua terra. Envolto nos mantos da modéstia que sempre o caracterizou, deve-se o início da literatura assuense por ter sido o fundador do primeiro jornal (O Assuense – 1867) do interior do Rio grande do Norte. (A. Fagundes; 39/40). 
 
Afora estes, muitos outros deram sua contribuição. No entanto, sem desmerecer a participação de nenhum deles, destaca-se tão somente estas três personalidades.
  
 Emancipação política e administrativa do ASSÚ

No ano de 1845 assumiu, interinamente, a Presidência da Câmara Municipal de Villa Nova da Princesa, o Juiz de Direito Dr. Luiz Gonzaga de Brito Guerra até outubro de 1845. O Macapá (região do Assú onde fica a ‘Lagoinha’), nessa época, pertencia a Câmara Municipal. (Silveira, 1995; 77).  
 
No dia 30 de setembro de 1845 o então Deputado Provincial, João Carlos Wanderley, deu entrada ao Projeto Provincial, para elevar a Villa Nova da Princesa à categoria de cidade, com o nome de Assu, sendo aprovada pelos nobres deputados.
 
Finalmente, em 16 de outubro de 1845 foi sancionada a lei número 124, aprovada pela Assembléia Legislativa Provincial, elevando a Villa Nova da Princesa, pátria do finado Senador Francisco de Brito Guerra, à categoria de cidade, com o nome de ASSÚ - (com dois esses e acento agudo no “U”). Vejamos de conformidade com a original:

LEI Nº 124 – Elevando á categoria de Cidade a Villa Nova da Princeza, com a denominação de Cidade do Assú.
O Dr. Casimiro José de Moraes Sarmento, Presidente da Provincia do Rio Grande do Norte. Faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembléa Legislativa Provincial decretou, e eu sanccionei a Lei seguinte:
Artigo Unico. Fica elevada á categoria de Cidade a Villa Nova da Princeza, patria do finado Senador Francisco de Brito Guerra, com a denominação de Cidade do Assú; e revogada qualquer disposição em contrario.
Mando, portanto a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumprão e fação cumprir tão inteiramente como nella se contém. O Secretario interino desta Provincia a faça imprimir, publicar e correr. Palacio do Governo do Rio Grande do Norte, 16 de Outubro de 1845, vigesimo quarto da Independencia e do Imperio.
(L. S.) Dr. Casimiro José de Moraes Sarmento.
Lei da Assembléa Legislativa Provincial, que V. Exc. Houve por bem sanccionar, elevando á categoria de cidade a Villa Nova da Princeza, com a denominação de Cidade do Assú.
Para V. Exc. Ver.
João Ferreira Nobre a fez.
Publicada e sellada nesta Secretaria do Governo do Rio Grande do Norte aos 16 de Outubro de 1845. O Secretario interino – José Nicacio da Silva.
Registrada á folhas 178 do livro primeiro de semelhantes. Secretaria do Governo do Rio Grande do Norte, em 17 de Outubro de 1845 – O Segundo Escripturario.
José Martiniano da Costa Monteiro.  (Silveira, 1995; 09).

O Ato Público da Proclamação da Independência do Município e da posse do novo Presidente da Câmara Municipal Senhor Coronel Manoel Lins Caldas, o qual, a partir daquela data, assumiria os destinos do recém criado município do Assu, deu-se no “Alto do Império” – atualmente este local recebe o nome de Praça São João Batista.

Fonte: Assu - Dos Janduís ao Sesquicentenário.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

POSSE:

GEORGE SOARES SE TORNA IMORTAL NA ACADEMIA DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
O deputado estadual George Soares (PL) tomou posse, na noite desta quinta-feira (10), da cadeira 32 que tem como patrono, Emanuel Rivadávia Pessoa da Silva, na Academia Norte-Rio-Grandense de Ciências Contábeis.

A solenidade aconteceu no Cine Teatro de Assu, com a presença dos demais membros da Academia, o prefeito de Assu, Dr. Gustavo Soares (PL), familiares e amigos do parlamentar.

"Esse foi um momento ímpar na minha vida profissional, por ser contador, e que imortalizou meu nome na instituição maior da contabilidade no nosso estado. Quero agradecer a presidente da Academia, a contadora Jucileide Leitão, aos demais imortais, a presença das autoridades na solenidade no Teatro Pedro Amorim, a minha família e a toda a nossa população," frisou o deputado George.