O TERÇO DOS PAULISTAS
O Terço dos Paulistas – força armada vinda de São Paulo
para por fim a Guerra dos Bárbaros – maior levante indígena que existiu no
Brasil.
A guerra entre os portugueses e os índios do Rio Grande teve sua última batalha por volta de 1720. O governador da Capitania, o Capitão-mor, Luís Ferreira Freire foi enérgico,
utilizando o Terço dos Paulistas, sob o comando de Morais Navarro, dispersou a
indiada nas proximidades do Ferreiro Torto, de onde os índios fugiram no rumo
dos sertões da Paraíba e Ceará.
Moraes Navarro relata: “uma guerra
viva” (...) porque todos os Tapuias invadiram o Arraial de Ferreiro Torto,
querendo matar aos que nele assistiam e senhorearem-se da pólvora e destruírem
a Capitania, o que conseguiriam se não achassem a Infantaria com valorosa
defensa”.
Não podemos precisar com exatidão a data do término da Guerra dos
Bárbaros. "O certo é que a partir de 1720 não encontramos mais registros desta
sublevação. A diminuição populacional indígena e o seu aldeamento em massa,
decorridos principalmente após esta data, são os principais indícios de que a
guerra chegara ao seu fim". (Pires, 83; 2002).
Ainda na
administração de Luís Ferreira Freire era extinto o Terço dos Paulistas.
Muitos dos seus componentes permaneceram no Rio Grande do Norte desenvolvendo
atividades econômicas como a de agricultor e fazendeiro. Por exemplo, o
sargento-mor José Morais Navarro, natural de São Paulo, radicou-se no Sítio
Curralinho da praia da Ribeira do Assú, perto da lagoa chamada as "Pendências".
Sendo considerado o primeiro proprietário do futuro município de Pendências.
(Santos, 1994: 53).
A permanência do
Terço dos Paulistas nos campos do Assú foi suspensa através da carta régia de
17 de outubro de 1724, restando de suas companhias apenas duas, uma servindo na
fortaleza dos Santos Reis e a outra em Ferreiro Torto, Macaíba, onde
construiu-se um alojamento. No Assu, a companhia local permaneceu até finais do
ano seguinte, comandada pelo capitão-mor José Pereira da Fonseca.
Segundo o historiador Celso da Silveira, em seu livro “Assú – Gente Natureza e História” publicado em 1995, até o ano de 1725 permaneceu nos acampamentos do Assu, parte do contingente o “Terço dos Paulistas” trazidos pelo Capitão-mor Bernardo Vieira de Melo para colonização da região. A área onde eles ficaram acampados recebeu o nome de “Paulista”.
Segundo o historiador Celso da Silveira, em seu livro “Assú – Gente Natureza e História” publicado em 1995, até o ano de 1725 permaneceu nos acampamentos do Assu, parte do contingente o “Terço dos Paulistas” trazidos pelo Capitão-mor Bernardo Vieira de Melo para colonização da região. A área onde eles ficaram acampados recebeu o nome de “Paulista”.
Ainda em
decorrência da estadia do Terço dos Paulistas em nossa região (Assú) receberam o mesmo nome de "Paulista" o riacho, a serra e a comunidade ao Oeste da Lagoa do
Piató.
Fontes: PIRES, Maria Idalina da Cruz. “Guerra dos Bárbaros” – resistência
indígena e conflitos no Nordeste colonial. 3ª edição - Recife/PE 2002. / -
SANTOS,
Paulo Pereira dos, Evolução Econômica do
Rio Grande do Norte: século XVI ao XX, CLIMA, 1994. Natal/RN.
Foto Ilustrativa: http://goiania-goias.blogspot.com.br/
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