quinta-feira, 29 de novembro de 2012

TEATRO

UFRN APRESENTA ESPETÁCULO CÊNICO COM AUDIODESCRIÇÃO
Pela primeira vez na cena cultural do Rio Grande do Norte uma peça de teatro será apresentada com o recurso da audiodescrição. Este procedimento possibilita a transformação das informações visuais em palavras para proporcionar a acessibilidade de pessoas, sobretudo aquelas com deficiência visual. 
Espetáculo Santa Cruz do Não Sei - UFRN
 As apresentações acontecem na próxima sexta-feira, 30, às 19h, e nos dias 14 e 21 de dezembro, ambas às 15h, sendo abertas ao público geral.  Com duração de uma hora, o espetáculo é gratuito e ocorre no Teatrinho do DEART, com capacidade para 40 pessoas. 
Após cada apresentação haverá um debate sobre a peça e a audiodescrição. Os ingressos devem ser reservados, uma vez que o acesso ao espetáculo não poderá ultrapassar o limite de 40 pessoas por apresentação. Para aqueles que irão utilizar o serviço de audiodescrição, solicita-se que os espectadores cheguem com 30 minutos de antecedência.
As apresentações contam com a presença de integrantes do Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos (IERC) e da Associação de Deficientes Visuais (ADEVIRN), ambas do Rio Grande do Norte.
A iniciativa faz parte do Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência) e do estudo de pós-doutorado (CAPES/PROCADE) feito pelo professor Jefferson Fernandes Alves, do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). De acordo com ele, “os professores e alunos da UFRN e também os docentes da rede básica de ensino precisam conhecer, experimentar e debater essa modalidade de tradução intersemiótica, na perspectiva de contribuir com processos culturais e curriculares mais acessíveis”.
O espetáculo Santa Cruz do Não Sei é encenado pelo grupo de teatro Arkhétypos, formado por alunos do Departamento de Artes (DEART/UFRN) e tem direção do professor Robson Haderchpek.
“A peça foi concebida a partir de um projeto de extensão realizado com as comunidades de pescadores de Ponta Negra, em Natal, e de Muriú, em Ceará-Mirim. Para criar as cenas, o grupo investigou as histórias desses moradores e, a partir delas, iniciou-se um processo de construção cênica utilizando como tema as histórias de pescador”, explica o diretor.
A encenação já ocorreu algumas vezes, mas é a primeira montagem feita para expectadores videntes e não videntes. As pessoas com deficiência visual usarão fones de ouvido com sistema de transmissão via rádio e serão “guiadas” por audiodescritores que descreverão, ao vivo, informações sobre cenários, figurinos, iluminação e movimentação dos atores.
Fonte: AgeCom-UFRN

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