quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

LUTO:

FALECEU A EX-PREFEITA DO ASSU
MARIA OLÍMPIA - MAROQUINHA 
Quando perdemos uma pessoa querida, mesmo de idade avançada, lamentamos com imensa tristeza. É imbuído deste sentimento que registramos o falecimento da grande estrela feminina da política assuense Maria Olímpia Neves de Oliveira – a popular Maroquinha, que esteve sempre lúcida, mantendo uma memória privilegiada. Maria Olímpia Neves de Oliveira nasceu no dia 18 de dezembro de l920, filha do senhor Joel de Oliveira e de dona Júlia Neves de Oliveira. Ingressou na Escola Normal do Colégio Nossa Senhora das Vitórias, diplomando-se professora e em seguida foi efetivada para a escola noturna do Grupo José Correia, a 10 de outubro de 1940. Por duas vezes foi diretora daquele estabelecimento de ensino.

De 1942 a 1945 foi secretária da Comissão Municipal da Legião Brasileira de Assistência – LBA, nesta cidade.

Maroquinha desempenhou um trabalho junto a juventude dos anos 40 e 50 liderando a realização de muitos encontros, denominados de “Tabarradas” esses aconteciam na casa de Seu Eloy da Singer ou na casa do professor Antônio Guerra.

No ano de 1958 Maroquinha rompeu a tradicional hegemonia machista sendo eleita a vereadora mais votada do município assumindo de 0l de janeiro de 1959 a 31 de março de 1963. Deixou o cargo de vereadora e, na mesma solenidade, foi diplomada Prefeita (primeira e única mulher prefeita do Assu até os dias atuais) para o período de 3l de março de 1963 a 31 de janeiro de 1969. Como prefeita priorizou a educação construindo diversas unidades educacionais e implantando escolas nos bairros e nas principais comunidades rurais do Assu.

A “Onça”, como era conhecida no “Zoológico” da política assuense, gozava de prestígio em todo o Estado. Seis meses depois de deixar a prefeitura, em 24 de julho de l969 foi, pelo Governo Estadual, posta à disposição do INDA, hoje INCRA, tendo assumido distintas atividades e sido contemplada com cargos de promoções. Voluntariamente optou por ser apenas uma servidora pública. Determinada, como sempre, abandonou a política e guardou em sua mente apenas os momentos memoráveis ao lado e em favor do povo. Retirou-se da vida pública tão pobre quanto nela ingressara.

Seu maior orgulho era ter sido professora primária de algumas gerações, no Grupo Coronel José Correia, do qual, como já frisamos, foi também diretora. Foi formidável na arte de ensinar.

Um dos traços marcante de sua personalidade era não guardar rancor ou ideia de revanchismo em relação àqueles que, em algum momento ou de alguma forma, lhe criticaram ou se posicionaram em polo oposto.

Em Brasília, por exemplo, esteve com Dinarte Mariz e Aluízio Alves. O espírito cristã de Dona Maroquinha se manifestava na ajuda a muitos necessitados. Nos últimos anos de vida teve uma vida extremamente regrada controlando sua aposentadoria modesta e sempre pronta a mandar rezar uma missa pela alma de quem lhe parecesse merecedor ou necessitado.

Dona Maroquinha foi uma daquelas assuenses que, certamente, a comunidade num gesto de respeito e gratidão pelos relevantes serviços prestados ao Assu ‘tira o chapéu’.

Faleceu exatamente no mesmo dia e mês em que nasceu, 18 de dezembro de 2018, aos 98 anos de idade.

Que Deus a tenha em bom lugar e que ela seja merecedora e retribuída por todos os bens que realizou no plano terrestre. Sede feliz ao lado dEle.