sábado, 16 de fevereiro de 2013

RENUNCIA DE BENTO XVI

A IGREJA, VELHA DAMA QUE REJUVENESCE

De Ir. Vilma, responsável pelo Arquivo da Cúria Metropolitana de Natal, recebi este artigo que publico no nosso blog.
Ir. Vilma Lúcia de Oliveira, FDC
Hermas (séc II), em O Pastor, em sua terceira visão descreve a Igreja como a Velha Dama que lhe aparece, “perfeitamente jovem e bela”(cfr 2, 2; 8,1;18, 3-4;20; 21).
O gesto, inédito, do nosso Pastor, BENTO XVI, tão tímido e ao mesmo tempo corajoso, movido pelo sua profunda atenção e obediência à verdade, rejuvenesce a Igreja, neste ainda início do século XXI. Sem precedentes porque [...]Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. [...]. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005[...].
Na minha despretensiosa consideração, do ponto de vista da história, a única renúncia que se aproxima da de BENTO XVI é a do Papa S. CELESTINO V (1222 – 1294 /6). Confrontando os fatos históricos, através das renúncias dos predecessores, não se pode desconhecer o novo que se inaugura.
O primeiro a renunciar foi o Papa CLEMENTE I (c.92-c.101), depois de ser detido e condenado ao exílio, nas perseguições no reinado de Trajano.
O segundo Papa, PONCIANO ( c.230 – c.235), marcado pelas pressões do seu irredutível opositor Hipólito (217-235), sacerdote romano, teólogo do clero de Roma, conhecido pelas suas atitudes rigoristas a ponto de que recusar a reconciliação e o perdão, concedidos pelo papa. A renúncia de S. Ponciano foi para não criar dificuldades à Igreja de Roma e para a reconciliação com os seguidores de Hipólito.
O terceiro, SILVÉRIO (c.536 – c.537), o seu pontificado foi marcado pela interferência da Imperatriz Teodora. Como não se submeteu às exigências da Imperatriz foi preso e deportado para Ásia. Das tentativas de mediação para solucionar os impasses surgiu a famosa frase: “Existem muitos reis neste mundo, mas apenas um papa em todo o universo”. Havia a iminência de um cisma e para evita-lo, terminou abdicando em 11. XI. 537.
O quarto, BENTO IX, que na relação da sucessão apostólica aparece como 143 °; 145° e 148° papa. Pelos números já indicam complicações de diversas categorias. É deposto, consegue retornar, renuncia, tenta retornar, mas sempre por causa da manutenção de privilégios das famílias reinantes.
O quinto, CELESTINO V (1222- 1296). Após 27 meses sucessivos de vacância papal e as profecias que ameaçavam com castigos divinos se a Igreja permanecesse sem Pastor por mais tempo, o próprio profeta foi escolhido papa. Asceta convicto, o velho monge, foi trazido de seu retiro, acompanhado pelo Rei de Nápoles Carlos IID’Anju. Depois de menos de quatro meses abdicou, “consciente de não estar à altura da tarefa a ele confiada”, porém, num contexto de ingerências, da Casa Reinante. Celestino V colocou o cargo nas mãos de seus eleitores e retirou-se humildemente.
E por último, GREGÓRIO XII (1406 – 1415). Estava imerso na problemática dos antipapas, as discussões quanto a legitimidade do Concílio de Constança e todo o contexto político gerado pela Corte do Papado que estava retornando de Avinhão para Roma. Sua renúncia, portanto, foi para terminar com o Cisma do Ocidente.
Assim, considerando as exigências atuais em confronto com a realidade presente do ministério petrino, a renúncia de BENTO XVI, do ponto de visto histórico, tem novas aspectos e fundamentos que, em síntese, coloca a Igreja na mira da modernidade. É uma significativa contribuição histórica para que ela continue a aparecer,perfeitamente jovem e bela, como A VELHA DAMA QUE REJUVENESCE.

Em tempo: Irmã Vilma Lúcia esteve no ENSV de Assu por alguns anos, salvo engano, na década de oitenta.
Fonte: Hipotenusa

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

CAUSO

CHOQUE
 
Minha cunhada, Maria Willima Barbosa (Miminha, para os mais próximos) - professora com dedicação exclusiva, amante da profissão (abdicou dos empregos: INPS/Correios para assumir uma cadeira de educadora no Estado), certa vez, chateadíssima com seu penteado resolveu que não iria mais fazer prancha. Adotaria seus cachos. Comprou um creme, passou pela manhã nos cabelos e foi para a sala de aula. Já à tarde, quando aplicava uma prova, um dos alunos que estava atrasado chegou afrontado na porta da sala de aula e quando foi pedir licença para entrar alarmou:
- Fessora licen... Que foi isso professora... Levou um choque?!!!    
 
Resultado: A partir desta data as "escovinhas" e "chapinhas" nunca mais saíram do seu cotidiano.
 
Foto: akomabuu.wordpress.com

O TEMPO VOA...

VELHOS CARNAVAIS DO ASSU, 1964

Na primeira fotografia acima, esquerda para direita: Zé Leitão, João Batista Macedo (JB), Lucinha de dona Mariná, Dilma (então funcionário da Fundação SESP e Chaguinha Pinheiro. Na segunda fotografia (no Clube ARCA), esquerda para direita vejamos Nazareno Tavares (Barão), Dedé Caldas e por tras de Lúcia Elias Moreira - Lico. Nos tempos da lança perfume.
Postado por: Fernando Caldas

MISTÉRIOS

            PMA: EQUIVOCOS EM ESCALA INDUSTRIAL

É por demais sabido que a republica independente do Assú é cheia de esquisitices, porém, neste segundo mandato do prefeito Ivan Lopes Júnior a coisa anda ganhando proporções impressionantes. Num é que até as datas da legislação que regulamenta alguns contratos andam a receber números de menos ou de mais! Sem contar nas habituais portarias de férias, licenças... erros e equívocos são bem comuns. Uma coisa de doido!

- Aaahh, no meio de tudo isso, tem até contrato que lá pras tantas deixou de ser pessoa jurídica e se transformou em pessoa física. No entanto, faz-se necessário reconhecer que a comissão de licitação anda tentando se acertar.

Beeemm... entre as tentativas de acerto desta comissão estão o cancelamento das licitações para a escolha de uma empresa para realizar o serviço de limpeza pública, bem como para a reforma de 3 escolas municipais.

- No caso da limpeza pública, há mais de 4 anos que uma empresa local foi escolhida (sem licitação) para realizar tal serviço (e continua a realizar) e ao longo deste tempo a PMA lançou edital para contratação de uma empresa desta area. No entanto, por questões jurídicas, tal escolha nunca foi feita e eis que neste ano de 2013 a PMA lançou outro edital, bem como renovou o contrato (sem licitação) com a empresa que já vinha realizando o serviço. Uuuffa, o edital de novo e novamente foi contestado e... o procedimento licitatório anulado em razão de divergência nas planilhas. Quatro anos não foi tempo necessário para a realização de uma pesquisa de mercado. Aaaff.

No caso das reformas das escolas municipais, o procedimento licitatório também foi anulado. As razões... as benditas planilhas!

A propósito, ao longo dos último 4 anos, uma única empresa ganhou a maioria absoluta das licitações para reforma de escolas municipais em Assú e antes que estas reformas fossem concluídas sempre se descobriam que se fazia necessário realizar alterações no projeto original e... aditava-se, em valor e em prazo tais reformas.

O que diabos aconteceu de diferente neste inicio de segundo mandato do jovem Ivan Lopes Júnior para se cancelar procedimentos licitatórios em razão de adequação de planilhas? Será que está faltando dinheiro em caixa? Huumm, né por nada, né por nada, mais os repasses federais deste ano estão simplesmente obesos sem contar que a folha de pagamento sofreu uma queda considerável com a exoneração em massa de cargos comissionados e da retirada de graticações promovidas no ano passado.

Entonce... o que anda acontecendo pelos corredores, salas e parte externa do Centro Administrativo Edgard Borges Montenegro?

Postado por: Ana Valquiria

AÇÃO PARLAMENTAR

Nova perspectiva para o Baixo-Assu

O deputado George Soares (PR) pode comemorar. O esforço pessoal dele em empunhar a bandeira da regularização do Projeto Irrigado Baixo-Açu começa a apresentar resultados práticos.
Depois da audiência com a governadora Rosalba Ciarlini, em companhia do deputado federal João Maia, do titular da Sedec/RN, Rogério Marinho, e do prefeito Jackson Bezerra, de Afonso Bezerra, e de colonos do perímetro irrigado - foto -; e, de duas reuniões com a equipe de trabalho criada para encontrar soluções para o empreendimento, surgem os primeiros fatos concretos.
Nesta sexta-feira (15) está publicado no Diário Oficial do Estado o Edital de Convocação expedido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e da Pesca (Sape) que dispõe sobre a conclusão dos trabalhos de regularização fundiária do projeto Oswaldo Amorim.
O Edital lista a atual ocupação de lotes que fazem parte da distribuição das terras, sendo concedido prazo de 15 dias para eventual impugnação.
Depois do prazo, cada lote será considerado passível de alienação ao contratante original ou sucessório legal.
Os concessionários são chamados a comparecer ao núcleo da Sape, na Associação do Distrito Irrigado (Adiba), ou na própria sede da pasta, em Natal, entre os dias 04 e 08 de março próximo, para concretizarem a regularização dos contratos com uma nova repactuação financeira ou a desistência formal.
O Edital enumera os documentos que necessitarão ser apresentados no ato do comparecimento.
Também são identificados os nomes dos locatários das primeira e segunda etapas do projeto de irrigação.
Ponto para o empenho do deputado, que acreditou na grandeza e importância do projeto para a região e todo o RN.
 
Postado por Pauta Aberta - Lúcio Flávio

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

PERSONALIDADE ASSUENSE


OTAVIANO CABRAL RAPOSO DA CÂMARA nasceu a 15 de janeiro de 1819, na fazenda Arraial, de propriedade do seu avô, coronel Jerônimo Cabral de Oliveira, no município de Assu, hoje Carnaubais. Foram seus pais: o coronel Gabriel Soares Raposo da Câmara e dona Francisca Cabral de oliveira. Bacharel pela Faculdade de Direito de Olinda, em 1843. Chefiou o Partido “Nortista”, depois “Conservador”, em cuja agremiação política teve destacada influência, chegando a exercer o cargo de Deputado Provincial em seis legislaturas: 1852-1853, 1860-1861, 1862-1863, 1864-1865, 1866-1867 e 1870-1871.
Otaviano Cabral representou, também, o Rio Grande do Norte, na Câmara Temporária ou Assembleia Geral do Império (o cargo atual de Deputado Federal) nas legislaturas de: 1853-1856 e 1869-1872, sendo que esta última, por decreto de 18 de julho de 1872, foi dissolvida.
Na qualidade de 1º Vice-presidente da Província do RN, nomeação de 02 de julho de 1853, assumiu o Governo de 19 de maio a 18 de junho de 1858, e, com a mesma nomeação como 3º Vice-presidente, governou de 17 de fevereiro a 22 de março de 1870.
Otaviano fez parte de uma delegação da Câmara Municipal de Natal, em 1869, para cumprimentar Sua Majestade o Imperador à sua chegada em Recife. Advogado e tribuno político, a sua atuação foi notável, exercendo, também, destacado relevo no jornalismo provinciano. Ligado aos seus irmãos Jerônimo, Gabriel e Leocádio, “Os Cabrais”, como era chamado o grupo Saquaresma, formava uma arregimentada corrente política com acentuada preponderância nos destinos administrativos do Estado.
Foi Procurador Fiscal da Tesouraria Provincial, de 31 de agosto de 1870 a 15 de junho de 1872 e exerceu, também, o cargo de Inspetor da Tesouraria quando, a seu pedido, foi exonerado.
Homem de espírito culto e progressista, Otaviano Cabral fundou, em parceria com outros, em 1854, em Natal, a Sociedade Teatral Apolo Rio-Grandense. Por sugestão do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, no ano de 1930, a Prefeitura Municipal do Natal, em louvor aos seus méritos, ligou seu nome a uma rua.
OTAVIANO CABRAL RAPOSO DA CÂMARA faleceu, no município de Bonito, no estado de Pernambuco, no ano de 1872.
Como foi possível observar, mostramos mais um assuense que chegou ao topo da governabilidade estadual, ou seja, foi Governador do Rio Grande do Norte, na época em que era Província.
   
Fonte: Titulados do Assu - Francisco Amorim

CODEVA

Osvaldinho recebendo, em sua casa (1969) o Bispo da Diocese de Santa Luzia de Mossoró. Em primeiro plano da esquerda para a direita: Adonias Bezerra, Osvaldo Amorim, Dom Eliseu e Tarcísio Amorim. 
Foto: blog de Fernando Caldas.


Vamos conhecer, um pouquinho da história do Plano de Desenvolvimento do Vale do Assu? Tudo começou em Campina Grande em maio de 1956 no Encontro dos Bispos do Nordeste com a presença do Presidente Juscelino Kubitschek. Lá nasceu a SUDENE, com Celso Furtado.
O Bispo da Diocese de Mossoró Dom Eliseu e Osvaldo Amorim – aqui do Assu, participaram do Encontro. Resultado: no mês seguinte era aprovado pelo Governo Federal o “Plano Integrado de Desenvolvimento dos Vales do Assu e do Apodi”.
Em janeiro de 1957, os prefeitos do Vale do Assu e Apodi, bem como, representantes de todo Oeste se reuniram para um programa global de desenvolvimento rural.
Dezenas de projetos. Nenhum setor escapou à visão do trabalho, soprado pelo espirito desenvolvimentista do Governo JK. Núcleos de irrigação; Missão rural; Semanas rurais; Plano de eletrificação; Portos de Macau e Areia Branca; Cooperativas; Casas populares; Hospitais e Maternidades; Estradas; Centro de treinamento de líderes; Escolas normais.
Tudo isto possuía um novo dimensionamento cristão, através dos núcleos de Ação Católica. Na arquidiocese de Natal, liderava padre José Luiz. Na Diocese de Santa Luzia, de Mossoró, padre Américo Simonetti. Itajá foi o polo iniciador deste trabalho, sob a responsabilidade da educadora Libânia Pessoa.
Nesse período, o Vale do Assu tinha 05 deputados estaduais: Edgard Borges Montenegro, Olavo Lacerda Montenegro, Gerôncio Queiroz, Ângelo Varela e Floriano Bezerra.
Mais tarde, sob a liderança de Osvaldo Amorim – o popular Osvaldinho, foi organizada a CODEVA – Comissão de Desenvolvimento do Vale do Assu. Veio o ano de 1964. Com ele, o sonho foi se acabando. Os líderes foram sufocados. Dom Eliseu transferido. Osvaldo Amorim, tempos depois veio a falecer... Tudo começou a ser desmoronado e o Vale nunca mais encontrou união política nem parcerias dos agropecuaristas, empresários e governos para retomada do desenvolvimento vislumbrado por aqueles que montaram, com responsabilidade e esperança, o Plano Integrado de Desenvolvimento dos Vales do Assu e Apodi. Lamentavelmente.
Hoje, apesar da inegável potencialidade, o Vale do Assu enfrenta diversos problemas: Inserção dos produtos no mercado para comercialização; degradação ambiental; falta de incentivos; capacitação específica; irregularidade climática; posse das terras; entre outras dificuldades que tem deixado a região a mercê do desenvolvimento sustentável. Infelizmente.

CARNAVAL

"SECA COPO"

Depois de sua maratona pelas cidades que promoveram carnavais no Estado o Deputado Estadual George Soares esteve em Assu (segunda e terça) visitando amigos, correligionários e algumas agremiações carnavalescas em seus pontos de concentrações. Dentre estas, o bloco “Seca Copo” - uma turma de amigos que há anos se reúne para festejar o período carnavalesco de maneira descontraída sob as sombras dos Jambos de Nena e Batista de Marieta (fotos).

Faço parte deste grupo e sempre reservo um ou dois dias para rever os amigos e tomar umas e outras. Este ano foi muito bom. Só faltou a tradicional saída para acompanhar o trio.

Valeu “secacopenses”. No próximo ano, se Deus nos permitir, estaremos juntos, regados a muita cerveja, cachaça, uísque e aqueles caldos e tira-gostos deliciosos.

Um forte abraço!
Casa de Renam de Sá Leitão
Turma do "Seca Copo"
George ladeado pelas princesinhas do "Seca Copo"
George e Geraldina Borges de Sá Leitão