sábado, 16 de março de 2013

HUMOR

Fonte: Sorriso Pensante - Ivan Cabral

ENCONTRO PR


Deputado George soares participa do 
Primeiro Encontro Regional do PR

O deputado estadual George Soares participa neste sábado, 16, do Primeiro Encontro Regional do PR realizado no município de Apodi. Depois de ter realizado um grande encontro no dia 2 de março, onde o partido definiu suas instancias de decisão, o Partido da República agora vai discutir a formação dos núcleos regionais. Esse primeiro encontro, obedece a um calendário de datas coordenadas pelo presidente estadual, deputado federal João Maia, em todas as regiões do Rio Grande do Norte, o evento segue o lema “Mais perto das bases, mais perto do povo”. 
Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

quinta-feira, 14 de março de 2013

14 DE MARÇO - DIA DA POESIA

Estivemos hoje (14/03) pela manhã, na Pinacoteca do Estado, participando das celebrações em homenagem aos poetas e ao Dia da Poesia. Visitamos a exposição Matrizes de Xilogravura e Folhetos Antigos da Coleção Casa do Cordel e participamos do lançamento dos livros: Natal Poemas e Canções - Diógenes da Cunha Lima e Um Canto Conforme a Noite - Yuri Hícaro - volumes 34 3 35 da Coleção Cultura Potiguar.
A abertura contou com a apresentação da Orquestra de Violinos Acordes e Melodias e do Corangelis da cidade de Lagoinha.
O primeiro momento foi encerrado com o lançamento do prêmio Luiz Carlos Guimarães. 
Presença de diversos intelectuais das terras Potiguares. 
Secretária Extraordinária de Cultura Isaura Rosado (azul)

Grilo Borratela - artista plástico
com trabalhos expostos no evento.

Jornalista Franklin Jorge e a escritora Ana Maria Cascudo

Diógenes da Cunha Lima - escritor e Presidente da Academia de Letras
e  o escritor Yuri Hícaro - ambos lançaram livros.
 
Franklin Jorge, Grilo, a Secretária Isaura (azul)
e ao fundo a Orquestra de Goianinha.

BARÃO DO ASSÚ

BATISMO DE LUIZ GONZAGA DE BRITTO GUERRA - BARÃO DO ASSÚ

Por João Felipe da Trindade

Vez por outra, encontro registros que não foram lançados antes, ou lançados em livro não apropriado. Em um dos livros de batismos da Freguesia de São João Batista do Assú, encontrei entre os registros do ano de 1832, o lançamento do batismo do Barão do Assú, Luiz Gonzaga de Brito Guerra, que transcrevo para cá, e ao mesmo tempo, copio sua imagem neste blog.

Luis, filho de Simão de Brito Guerra e Dona Maria Magdalena de Medeiros, esta natural do Seridó, e aquele natural do Assú, freguesia e São João Batista , nasceu a vinte e sete de setembro de mil oitocentos e dezoito, e foi batizado pelo Padre Manoel Fernandes Pimenta, de licença do Reverendo Vigário Antonio de Souza Monteiro a oito de outubro do dito ano, na capela de Santa Ana do Campo Grande, e lhe conferiu os sagrados óleos; foram padrinhos Joaquim Medeiros Dantas e Anna Joaquin de Medeiros, solteiros moradores estes no Seridó, e aqueles desta freguesia do Assú. E por não ter sido lançado, o lancei eu para constar e me assinei. Joaquim José de Santa Ana, pároco do Assú.

Batismo do Barão do Assú
Postado por Hipotenusa.

ESCÂNDALO


Notícia de destaque do exemplar de hoje (14), Dia da Poesia, do jornal Gazeta do Oeste, de circulação em todo o RN (de forma impressa) e no mundo (pela internet). 

O título, bastante sugestivo, é “Ivan Júnior comanda ‘Trem da Alegria’ em Assú”, e aborda um assunto que já é voz corrente nos quatro cantos do município. 

O prefeito de Assú, Ivan Júnior (PP), está sendo acusado de favorecer familiares com contratos de prestação de serviço para o Poder Executivo assuense. De acordo com o Diário Oficial do Município do Assú, em sua edição do dia 22 de fevereiro de 2011, a prefeitura contratou por inexigibilidade de licitação o laboratório de análises clínicas Lacel Ltda. por R$ 211.146,00, contrato esse que sendo aditivado anualmente. O laboratório em questão é de responsabilidade do senhor Ivan Lopes, pai do prefeito de Assú. A prestação dos serviços durante os anos de 2011, 2012 e 2013 já são mais de R$ 633.000,00. 

Mas, não foi apenas o pai do prefeito Ivan Júnior que está se beneficiando da administração de Assú. O médico Cayo Otávio Moraes Lopes, irmão do prefeito Ivan Júnior, foi contratado pelo Executivo de Assú, para prestar serviço como médico clínico geral, desempenhando suas funções em regime de 40 horas semanais no Posto da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Nova Esperança. Mensalmente, o médico Cayo Lopes recebe R$ 5.500,00 dos cofres públicos do município de Assú. 

O desrespeito a Lei Antinepotismo em Assú não para por aqui. O prefeito Ivan Júnior também contratou a sua esposa, a médica Vanessa Pinto Lopes para prestar serviço como, médica clínica geral em regime de plantões de 24, 18, 12 e 6 seis horas a serem realizadas no Pronto Socorro Municipal. 

O valor estimado do contrato entre a prefeitura de Assú e a primeira-dama do município é de R$ 160.000,00 por ano. A notícia chocou a cidade de Assú, na medida em que os valores dos contratos chegam a ser exorbitantes. O assunto será levado ao conhecimento do Ministério Público e a Câmara Municipal de Assú deverá se pronunciar sobre o escândalo.

Postado por: Pauta Aberta.

AbrASSU's

A todos os poetas assuenses que mesmo sem incentivos continuam produzindo esta arte tão rara. Saibam que o poeta é um guerreiro da vida: Sonha, finge, dramatiza, denuncia, corre, tem saudades, chora de amor... Portante viver é essencial mesmo que seja "escapando fedendo".

Ivan Pinheiro.

MENSAGEM PARLAMENTAR

HOMENAGEM DO DEPUTADO GEORGE SOARES PELO DIA NACIONAL DA POESIA
“Neste 14 de março, Dia Nacional da Poesia, quero saudar todos os poetas note-rio-grandense, que fazem desse gênero literário uma arte que encanta e emociona através de seus versos esteticamente perfeitos. Quero saudar em especial aos poetas da cidade do Assu, a terra da poesia, que já carregam consigo o dom de encantar através da rima.  
Parabéns a todos os poetas, que este dia seja maravilhoso e repleto de inspiração”.

PAPA FRANCISCO...

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2SFMBkpqf6Wn0870uIznSQNf9LMnTevxjzM5ZeHnSwX8fShiMro4RfzNvp1j5B1GpPTjxd9YAJuCilkX1xmdZ31ltZCkXhommImr84q2HlRLoE7HKwFJsZzEyaojCiPrbhDeiXaVFOVc/s1600/Charge2013-fumaca_enrolada-730385.jpg

Postado por: Sorriso Pensante - Ivan Cabral

MESTRE RENATO CALDAS

LENDA MATUTA





Só norteriograndense
Meu patrão, sou assuense
De alma, vida e coração
Pois, nessa terra bonita,
Eu tive a sorte bendita
De vê a luz, meu patrão.

Nascí, me criei, viví...
Muitas terras conhecí!
Muitas cidades maió.
Mas, pra falá a verdade,
Num achei outra cidade
Mais amiga, mais mió. 

Minha cidade Cabôca,
Qui anda de bôca in bôca
Causando admiração...
- Deus me perdoi a hirisia
Deu à luz – a Poesia,
Numa noite de São João.

Essa menina criô-se;
Logo no belço, casô-se
Com o Fio da Animação.
- Dizem os fio de Caindinha,
Qui nasceu uma filhinha...
E o nome dela é Canção.

Apôis bem, a Poesia,
Qui casô-se com Harmonia,
- O fio da Animação...
É Fia dessa Cabôca,
Qui anda de bôca in bôca
Causando admiração.


                                    Renato Caldas

Foto: Roberto Meira

DOM ODILO É VASCAINO?

Nem nessa hora o torcedor perdoa... rsrsrsrs...
papa argentino 
Postado por Robson Pires.

quarta-feira, 13 de março de 2013

POETAS

Relacionamos alguns poetas contemporâneos do Assu baseado no livro VertentesReunião com 25 Poetas Assuenses:

 O agrônomo Fernando de Sá Leitão; artesã Ione Medeiros; ecologista Ivete Medeiros; poeta João Batista Rufino de Souza; comerciário Damião da Silva; professora Angelina Luiza; ceramista Francisco de Assis Medeiros; professora Edna Medeiros; poeta Arquimedes de Oliveira; professora  Raimunda Gonçalves; artesão Daniel Reis de Souza; poetisa Elizabeth Lopes, educadora Niete Fonsêca; aposentado Francisco Inácio Ferreira; músico Djalma Pinheiro Romualdo; repórter Delzir Campelo Romão; poetas: Rosian Gêneses dos Ramos Bezerra, Anthuanne Kelly Veras, Angelica Lana, Rosivaldo Quirino Bezerra Júnior, Francisco Antônio Nascimento Cabral, João Paulo de Souza Filho; radialista Pedro Neto; funcionário da COSERN João Batista de Sena e o instrumentista Patrício Júnior.   

São pessoas dos mais diferentes ramos de atividades, possuidores da verve poética capaz de alentar a poesia assuense por muitos e muitos anos.

Certamente, muitos ficaram de fora do Vertentes. Neste dia da poesia vamos relembrar alguns deles:


 
CAVALOS SELVAGENS

Entre a dúvida e o desejo,
Correm cavalos selvagens,
Instinto e razão,
Que fazer, então?

Entre a dúvida e o desejo,
Há sempre cupidez,
Faces rubras ou palidez,
Boca seca, mãos frias.
Olhares alfinetantes...

Entre a dúvida e o desejo,
Existe o risco da insensatez,
E o momento de lucidez
Onde os cavalos são domados.

Fernando Antônio de Sá Leitão Morais - Agrônomo.
        

 
AMOR PROIBIDO

– Amor proibido, foi tão lindo o que ouve entre nós.
Você veio para mim como um vento veloz,
Tão veloz que não percebia,
Quando deu conta, em seus braços me perdia,
Nos seus braços me perdia
Apaixonada para você me entregava... Era como um sonho.

O que faço sem você?
Você finge que não liga para mim
E me deixa sofrer esse amor bonito
Cheio de pecado e prazer.

De amor e de pecado, de pecado fui
Aprendendo e descobrindo o prazer
O jeito de amar, o jeito de querer.
O que eu sentia era tão forte
Que não sabia o que fazer.
Amor proibido.

Ione Medeiros Santana de Moura - Artesã


 
VICÊNCIA

Homens de nervos trilhados
Vaqueiros curados
Usando tão Pouco:
Água quente, panela,
Linha, agulhas e panos.
Rezando sua crença.
É Vicência curando
O vaqueiro molhado.
A fé, a cura, as bênçãos,
O povo, a procura.
É Vicência, é Vicência.
É sua existência.
Com reza, com ervas
Homens vaqueiros,
Animais caídos
A todos faz levantar.
Vicência curando
A esperança do povo,
O espírito de Vicência
Que continua a curar.
Com ervas ela benze,
Com fé ela cura.
É Vicência rezando.
É Vicência presente.
É Vicência
Panela na trempe.
Ervas na água esquentando.
Pedaços de panos
Dobrados e cozendo,
Água e barbante,
Vai Vicência benzendo.
O vaqueiro caído,
O pé foi quebrado.
Diz a reza:
“É nervos trilhados”.
Vai Vicência curando,
O vaqueiro andando.
Sua Fé, sua crença,
É Vicência.
Medicina do povo,
Remédio caseiro:
Benze com água,
Com fogo, com ervas.
É cura certeira.
Vicência lembrando.
Vicência vivendo.

Ivete Medeiros - Ecologista.


BRASIL DA INDIFERENÇA

Brasil da Corrupção
Uma guerra não vencida
O desemprego, a fome
A renda mal dividida
Trava o combate do filho
Pela batalha da vida.
Brasil da desigualdade
Indigência, conflitos sociais
Os pobres sem moradia.
Ricos em mansões colossais
Não ver que a justiça divina
Prega por todos iguais.
Vou fazer prece aos céus
Pra mudar isso, talvez
Ao invés de fome, violência
Paz , comida sem escassez
E o Brasil não mais seja
Um erro português.

João Batista Rufino de Souza.


ESSE BRASIL CONTINUA
TOTALMENTE DESIGUAL.

Criança vivendo na rua
Aposentado sem vez
Assim com estupidez
Esse Brasil continua.
O político insinua
Como se fazer o mal.
No Congresso Nacional
A miséria vira ouro
O povo levando couro
Totalmente desigual.

Francisco Damião da Silva – Comerciário.


SE EU NÃO AMAR

Meus sonhos na madrugada
Não valem nada.
Meu dia corrido,
Minha agonia, não tem valia.
Meu esforço por mais que eu resuma
Não vale coisa alguma.
Se eu não amar de peito aberto
Sem me preocupar
Se for errado ou certo.

Se eu escrever bonito,
Não servirá de nada
O que foi escrito.
Se eu voar bem alto,
Tudo se apagará de um salto.
E se eu fizer um bom arranjo
E conseguir falar até com um anjo,
Nada terá sentido,
Estará tudo perdido;
Se eu não amar de peito aberto
Sem me importar
Se for errado ou certo.

Se eu pra fugir do tédio
Descobrir o verdadeiro remédio,
Não terá garantia
Poderá ser descoberta obsoleta
No outro dia...
Se eu não amar de peito aberto
Sem me importar
Se estou errado ou certo.

E se eu descobrir
Da juventude
A tão sonhada fonte
E para lá fizer
Para toda a humanidade
Uma larga ponte,
Ainda assim serei inútil.
Ao objeto mais fútil.
Serei idêntico,
Se eu não amar de peito aberto
Sem me importar
Se estou errado ou certo.

Angelina Luíza de Souza Neta – professora e poetisa.


  
MARCA – SINA = SINAL

As mulheres do Caraú
Todas da família Cunha,
São cunhadas.

Tem ancas avantajadas
Tem bundas bem empinadas
São Galegas.       

Francisco Diassis Medeiros – ceramista e poeta.


 
SEMENTE

Eu sou a semente
Semente do amor
Eu sou a semente
Semente da paixão

Eu sou a semente
Semente da explicação
Eu sou a semente
Semente do salvador.

Eu sou a semente
Semente da continuação
Eu sou a semente
Semente das sementes.

Eu sou a semente
Semente da ligação
Eu sou a semente
Que me abala
O coração e às vezes
Me pergunto!
Que semente sou então?

Edna Medeiros Ferreira - Professora.


AOS OLHOS DA MINHA PAIXÃO

Teu corpo espelha a beleza
Visto jamais em algum lugar
Por mais que busque e procure
Duvido – irão encontrar.

A silhueta mais linda
Que se pode encontrar
Desde o monte Tibet
As profundezas do mar.

É o corpo mais perfeito
Que na terra pode andar
Pois Deus usou a simetria
Pra tudo nele encaixar.

É assim que vejo a musa
Onde posso me inspirar.

Arquimedes de Oliveira – Artista plástico e poeta.


 
CONTRADIÇÕES

Parte de mim anseia seu toque
A outra parte recusa sua aproximação
Parte de mim sonha em ter seus carinhos
A outra parte prefere ficar sozinha
Parte de mim lembra com saudade de você
A outra prefere te esquecer.
Parte de mim te amou
E dedicou-se para manter-te comigo
A outra se enganou
Criando uma ilusão.
Parte de mim pede sua volta
E chora por sua ausência
A outra afirma
Que você a enganou.
Parte de mim pretende
Viver ao seu lado
A outra parte tenta
Ignorar sua existência.
Parte de mim sente-se
Vazia sem você
A outra/ Declara-se auto-suficiente.
Parte de mim espera sua volta
A outra festeja sua partida.
A emoção insiste
Em acreditar nessa paixão
A razão diz que, é melhor a solidão.

Raimunda Gonçalves Neta – Pedagoga e Professora.


RECICLAGEM

Queria escrever algo
Que falasse sobre mim
Amor
Morte
Solidão
Vida
Sei lá
Algo que descrevesse
Em papel reciclado
Tudo sobre minha vida
Mas não consigo
Se minha própria imagem no espelho
Não dá pra descrever.

Daniel Reis de Souza – Artista plástico e poeta.

DIA DA POESIA


MEIO AMBIENTE

A CRISE AMBIENTAL NO VALE DO AÇU


Joacir Rufino de Aquino & Raimundo Inácio da Silva Filho
(Economistas e professores da UERN/Assú)
 
A microrregião do Vale do Açu – formada pelos municípios potiguares de Alto do Rodrigues, Assú, Carnaubais, Ipanguaçu, Itajá, Jucurutu, Pendências, Porto do Mangue e São Rafael - é reconhecidamente uma das áreas mais ricas em recursos naturais do Rio Grande do Norte (RN) e do Nordeste brasileiro. Nela, principalmente a partir dos anos 1980, se instalaram e se expandiram atividades produtivas dinâmicas de grande expressão na economia do nosso estado.

Dentre essas atividades, a extração e o processamento de petróleo, a fruticultura irrigada baseada no uso de insumos químicos e a indústria ceramista, são, sem dúvida, as mais importantes na geração de empregos formais. Não se deve esquecer, porém, que tais segmentos produtivos são altamente intensivos no uso de recursos naturais, degradadores do meio ambiente e geradores de poluição. Ademais, a situação ganha contornos mais graves quando se leva em conta a ação da agricultura de sequeiro e as consequências da urbanização registrada na região, que gera anualmente toneladas de lixo e de esgotos, os quais, sem tratamento adequado, terminam contaminando o meio ambiente regional.

Nesse cenário, que se agrava a cada ano, uma das maiores vítimas tem sido o Rio Piranhas-Açu. Sem proteção dos órgãos de meio ambiente e carente de uma política de revitalização, o velho rio carrega em seu castigado leito as marcas das feridas causadas pelo desmatamento indiscriminado de sua mata ciliar, pelo assoreamento e pela poluição inconsequente das suas águas. A dimensão exata desse problema, contudo, é “desconhecida”, haja vista a insuficiência de pesquisas científicas sobre a temática. O que qualquer observador constata sem precisar de lupa é que o quadro ambiental é grave e seus efeitos cumulativos podem está empurrando a região para um “abismo ecológico” sem precedentes.

De fato, não é outra a sensação que se tem ao contemplar a paisagem regional por imagens aéreas ou caminhar em determinadas áreas do território açuense. Isso significa que a geração atual está exaurindo os recursos naturais e deixando para as gerações futuras o passivo ambiental. O problema é que essa “verdade inconveniente” tem sido pouco debatida e avaliada de forma crítica. E o que é pior, para muitas pessoas a luta pela proteção e recuperação do meio ambiente atrapalha ao invés de ajudar o “progresso” da microrregião. A questão é que esse tipo de visão focada apenas no curto prazo parece não resistir aos fatos concretos.

Em 2008 e 2009, as grandes enchentes que alagaram vastas áreas dos municípios do Vale do Açu mostraram claramente os resultados danosos da ocupação desordenada do meio ambiente, abalando duramente as bases da economia regional. Já em 2012, a terrível seca que atingiu o semiárido brasileiro também se revelou inclemente na região, evidenciando que mesmo contando com as maiores reservas de água do RN, nem de longe uma parcela significativa da população açuense está preparada para conviver com fenômenos climáticos extremos.

Essas evidências gerais retratam as inconsistências ambientais do atual modelo de desenvolvimento adotado no espaço geográfico açuense e, ao mesmo tempo, sinalizam para a necessidade urgente de mudanças. Para tanto, muitos desafios precisam ser vencidos, como, por exemplo: usar bem os recursos do petróleo (royalties) para investimento em educação, reduzir o uso de agrotóxicos e estimular a agroecologia, utilizar fontes alternativas de energia (biomassa), manter a carnaúba de pé, conservar e preservar o bioma Caatinga (sem desmatamento e caça predatória), proteger e recuperar a mata ciliar do Rio Piranhas-Açu, cuidar dos corpos d’água dos açudes e lagoas, dar um tratamento ambientalmente adequado ao lixo, conforme determina a Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), entre outros.

Portanto, a história não está terminada. A realidade vigente pode ser modificada pela ação planejada e consciente numa perspectiva de longo prazo. Na construção de um projeto alternativo é necessário fiscalizar e punir severamente os agentes degradadores da natureza. Entretanto, a repressão por si só não será suficiente. Investimentos em infraestrutura e em educação ambiental são indispensáveis. Afora isso, as empresas, os gestores públicos e a sociedade civil organizada precisam entender que a preservação e a conservação do meio ambiente podem ser um trunfo estratégico para a promoção do desenvolvimento local, e, acima de tudo, são um dever constitucional de todos.